"Nesse momento, Daphne entendeu que seria uma tola se não se apaixonasse por ele.
É claro que queria que fosse recíproco."
Pág. 90
Editora: Arqueiro
Páginas: 281
Série: Os Bridgerton #1 Faixa etária: 18+
Título Original: The Duke and I
A História: Simon, o duque de Hastings, não teve uma infância muito fácil. Rejeitado pelo pai, dono de uma deficiência que cura com muita força de vontade, tudo que ele quer é se vingar.
Ao voltar para casa, para assumir seu título, ele apenas não esperava se deparar com Daphne Bridgerton.
Daphne é uma moça espirituosa, inteligente e atraente, mas não parece atrair muitos rapazes, que sempre a veem como amiga. No caso de Simon é o contrário, por ser um solteiro cobiçado, as mães das debutantes logo começam a caçá-lo, tentando fazer com que ele escolha uma de suas filhas.
Então eles selam um pacto: Simon fingirá que a corteja para se livrar dessas perseguições, enquanto tenciona mostrar aos rapazes da sociedade que Daphne é desejável até para um duque.
Mas até onde a brincadeira pode levá-los?
Minha Opinião: Estou mesmo numa onde de históricos. Iniciei o livro com a mesma expectativa que tive ao abrir a primeira página de Desejo à meia-noite, e não me decepcionei. Ainda bem.
As semelhanças entre as duas histórias limita-se apenas ao fato de que ambas se passam em um tempo épico e se tratam de romances sensuais... apesar de ambas fazerem parte de séries que contam histórias de uma família com vários irmãos, as duas autoras criam suas obras com atmosferas completamente diferentes.
Enquanto Lisa Kleipas manteve um clima sensual e mais sóbrio - apesar de leves tiradas bem humoradas -, o grande forte de O duque e eu é o humor. Não é nada exagerado, nada que chegue ao status de "pastelão", mas as cenas, mesmo nas mais sensuais, podemos sentir aquela leve pitadinha de comédia.
A começar pelo protagonista, o sexy e atraente Simon. Apesar de ser um libertino, charmoso e inteligente, há uma peculiaridade em nosso herói que limita um pouco sua perfeição. Isso, é claro, contribui e muito para esse tom mais engraçado do livro. Além disso, seu duelo com a mocinha, em diálogos extremamente espirituosos, é bastante agradável. Os dois são espertos, falam o que pensam e iniciam uma espécie de amizade que os leva ao pacto e, sem que nem esperem, ao amor.
Não posso comparar os dois livros, mas se o fizer, vou dizer que O duque e eu é mais fraco que o que li anteriormente. Não que a história seja menos interessante, mas eu, sinceramente, não consegui me encantar com o herói. Simon é um cabeça-dura, obtuso, dono de umas atitudes que não me convencem... aliás, nem mesmo o fofo final do livro o redime comigo. Sim, sou difícil, hehehe
As cenas sensuais são uma graça! Especialmente se levarmos em consideração a inexperiência de Daphne. Achei interessante que a autora tenha dado ênfase a isso, enquanto outras caracterizam mocinhas virgens e puras como deusas sexuais logo na primeira vez. Na verdade, Julia Quinn, pelo que pude perceber, é uma excelente "criadora" de personagens. Ela sabe dosar defeitos e qualidades na medida certa, sem descaracterizar ninguém ou nos dar a impressão de todos possuem a mesma possibilidade.
Ah! Não posso deixar de mencionar o misterioso jornal de Lady Whistledown, que dá um charme a mais ao livro.
Quantas estrelas: